BRASÍLIA - As centrais sindicais barraram as contratações temporárias, mesmo com a posição do governo de que a medida baixaria o custo da mão de obra e agilizaria o setor privado. A ideia da equipe econômica da Presidência que não decolou era alterar a sexagenária Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para permitir às empresas contratar funcionários para períodos curtos sem necessidade de registro em carteira. Se tudo desse certo, as contratações flexíveis seriam anunciadas nesta quinta-feira, 15, pela presidente.
A ideia era que as admissões pudessem ser feitas pelo período máximo de 14 dias, renováveis (com intervalo de sete dias corridos) até o limite de 60 dias por ano. Em princípio, uma Medida Provisória permitiria esse tipo contratação na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos. Depois, ministros do governo anunciaram que o trabalho temporário seria estendido por tempo indeterminado para alavancar as contratações.
Infelizmente não deu certo, isso mostra que o Governo é refém das vontades das Centrais Sindicais, tornando o Brasil um dos poucos países que não tem uma legislação específica sobre trabalho temporário. O setor é responsável pela geração de 6 milhões de empregos e durante a Copa do Mundo serão criados mais 2 milhões de postos. Como não houve regularização do trabalho temporário, teremos até 300 mil empregos contratados na informalidade. "Até mesmo dentro dos estádios, teremos trabalhadores informais".
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